A primeira atividade já ocorrerá neste sábado (07), por volta de 06 h, na área do Ver-o-Peso, com a Alvorada Cabana, que vai reunir mestres e mestras de carimbó da região, além dos grupos Sancari e Mururé. O horário da programação foi escolhido como referência a uma das principais lutas cabanas, que teria ocorrido na madrugada. O carimbó também foi escolhido como símbolo de resistência da cultura, que nesta época era reprimido na cidade. A partir de 19 h haverá a reprodução de vídeo mapping na fachada do Museu do Estado do Pará, pelo VJ Lobo. O curta-metragem traz um pouco da história da revolução cabana.
Na segunda-feira (09), as 08 h, na sede do Arquivo Público do Pará, será aberta a exposição “Povo Cabano”, uma mostra integrada dos acervos do Museu do Estado do Pará (MEP) e do Arquivo Público. Os visitantes terão uma experiência visual única a respeito das pessoas que participaram do movimento da Cabanagem, por meio de fotografias contemporâneas em sintonia com os documentos históricos. O MEP selecionou imagens produzidas pelo fotógrafo paraense Luiz Braga, retratando rostos que nos remetem a feições de indivíduos amazônicos.
Já o Arquivo Público escolheu alguns documentos históricos do acervo, que ajudam a compreender e visualizar os rostos cabanos. A exposição é gratuita e pode ser visitada de segunda a sexta, sempre das 08 às 15 h, até 31 de janeiro.
Na terça-feira (10), as 15 h, no auditório Eneida de Moraes, no Palacete Faciola, haverá Roda de Conversa “Meu canto é arma: carimbó e resistência cultural na Cabanagem", com o historiador, escritor e servidor do Arquivo Público do Pará, João Lúcio, e a mestra de carimbó, fundadora e compositora do Grupo Águia Negra de Icoaraci, Nazaré do Ó, que também é educadora e produtora cultural. O diálogo terá mediação de Isaac Loureiro.
Na quarta-feira (11), as 10 h, no mesmo local, a programação será a audiodescrição do livro “Memórias da Cabanagem”. O recurso traduz imagens em palavras, permitindo que pessoas cegas ou com baixa visão consigam compreender conteúdos audiovisuais ou imagens estáticas, como filmes, fotografias e peças de teatro.
No dia do aniversário de fundação de Belém, 12 de janeiro, a cidade vai ganhar o Parque Cemitério da Soledade, projeto do Governo do Pará, executado pela Secretaria de Estado de Cultura (Secult), em parceria com o Laboratório de Conservação, Restauração e Reabilitação, da Universidade Federal do Pará (Lacore/UFPA). As ações no local receberam investimento estimado em R$ 16 milhões. A entrega ocorrerá as 10 h, durante solenidade no local.
Ainda no dia 12, as 20 h, o Parque Urbano Belém Porto Futuro receberá o show da Amazônia Jazz Band com a banda Warilou. No dia 13, as 20 h, a Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz (OSTP) volta a se apresentar nos palcos do TP, com o concerto “Belém 407 anos: de Waldemar a Mozart”, uma homenagem especial a Belém.
Nos dias 12, 19 e 26, a Casa das Onze Janelas promoverá a oficina “Cabanagem em foto”, realizada a partir da leitura de algumas obras que fazem parte da exposição Percurso na Arte Brasileira, instalada na Sala Ruy Meira, associada à história da Cabanagem. Na ocasião, os participantes poderão fotografar e reproduzir imagens, e montar releituras por recortes e colagens. As oficinas são gratuitas, limitadas a 15 pessoas por horário, e ocorrem sempre das 10 às 12 h, e das 14h30 às 17 h.
No dia 15, as 18 h, a Estação Cultural de Icoaraci, distrito de Belém, será palco de um grande show com a cantora Nazaré Pereira. A artista promete colocar o público para dançar com muito carimbó, xote e forró. Nazaré cantará pela primeira vez, ao vivo, a nova música Xapuri-Pará-Paris, que será lançada no dia 13, no Programa Sons do Pará.
As celebrações pelos 188 da Cabanagem se estenderão ao município de Cachoeira do Arari, no Arquipélago Marajoara. No dia 06, a partir de 09 h, o Museu do Marajó abrirá a exposição temporária “Memórias cabanas marajoaras”, na Casa do Gallo. A mostra inclui uma seleção de obras e poemas sobre o imaginário cabano no Marajó e em outras partes da Amazônia paraense.
No mesmo espaço, a partir de 16 h, haverá roda de leituras marajoaras com obras de autores regionais, que vão expor seus trabalhos relacionados às memórias de ser marajoara.
Fonte: Ag.Pará
Por Josie Soeiro (SECULT)
Fotos: Augusto Miranda/ Bruno Cecim/ Marcelo Seabra/ Cristiano Martins Ag.Pará